De janeiro até esta segunda-feira (14), a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul realizou ao menos 53 atendimentos envolvendo golpes do Pix no Estado. Com isso, o órgão alerta a população aos cuidados para evitar fraudas no recurso de transferência instantânea de dinheiro.
O levantamento foi feito pelo Nuccon (Núcleo do Consumidor) e divulgado nesta terça-feira (15), o número representa quase um caso de golpe envolvendo o recurso do Pix por dia no Estado.
“Análises podem confirmar possível fragilidade no sistema operado pelo fornecedor do serviço, ou seja, que a atividade da instituição financeira, que é regulada pelo Banco Central, possibilitou a ação do criminoso. Confirmar a identidade antes do envio de valores, trocar senhas, pin e puks ajudam a se proteger de fraudadores”, explicou a coordenadora do Nuccon, Jane Inês Dietrich.
Com isso, a Defensoria listou dicas de como se prevenir ou até mesmo agir após ser vítima de golpe ou fraude envolvendo o serviço de transferência eletrônica, criado pelo Banco Central. Veja abaixo.
SIM Swap - Modalidade onde o criminoso liga para a operadora, se passa pelo cliente e pede o cancelamento do chip e transferência de todas as informações da linha para um novo dispositivo.
Assim, o golpista começa a receber ligações e mensagens que a vítima receberia, além de permitir o acesso ao banco, redes sociais, ou qualquer aplicativo que tenha sido programado para recuperar senha via SMS. Para se prevenir a esse tipo de golpe, a Defensoria orienta que o usuário ative as configurações para confirmação do chip através dos códigos de pin e puk.
Whatsapp clonado – Aplicado mesmo antes do Pix, o golpe do WhatsApp clonado ganhou mais força com o nome recurso de transferência eletrônica. Para evitar a frauda, a orientação é que códigos e outros detalhes do aplicativo de conversas não sejam repassados para desconhecidos e que não sejam feitas transferências sem antes confirmar a identidade da pessoa.
Perfil falso no Whatsapp - Diferente do golpe de clonar, os criminosos neste caso, criam um perfil falso com o nome e foto da vítima, dizendo que trocaram de número e passam a pedir dinheiro. Mais uma vez, o órgão recomenda que antes de transferir qualquer dinheiro, a identidade do dono do perfil seja confirmada antes, fazendo uma ligação para a pessoa.
Páginas falsas – Neste caso, os golpistas enviam mensagens via e-mail ou SMS com um link de cadastro da chave Pix. Nessas páginas falsas, eles ainda solicitam dados que permitam o acesso ao dinheiro da conta para usar de forma indevida.
A Defensoria destaca que é sempre importante se certificar de que a página realmente pertence ao banco, antes de inserir qualquer dado pessoal.
Falsas centrais de atendimento - Para se passar por bancos ou outras instituições, golpistas criam contas no WhatsApp e pedem informações sigilosas e enviam links maliciosos. A orientação é que o cliente mantenha contato com o banco através do site, aplicativo ou presencialmente na agência e desconfie sempre de qualquer link que peça informações bancárias.
Venda falsa - Também muito comum, o golpe da venda falsa é feito através da venda de algum produto em uma rede social ou site de loja. O criminoso negocia para que o pagamento seja feito via Pix, mas o bem adquirido não existe.
A Defensoria pede que neste caso, o usuário pesquise se a oferta é confiável, se a loja existe e confira os sites especializados em reclamações. Em casos de perfis de redes sociais, sempre desconfiar de grandes promessas e verificar a identidade do usuário antes. (Com informações Campo Grande News).