Mato Grosso do Sul deve retomar o transporte hidroviário após leve alta no nível do Rio Paraguai. Isso porque, houve recuperação em mais de 21% da margem.
A hidrovia permite acesso às importações tanto com o Paraguai, Argentina, quanto com a Bolívia.
Conforme avaliação do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), no município de Ladário, a medição está em 107 centímetros, 21,5% maior em relação a esta data do ano anterior, que era de 88 cm.
No município de Porto Murtinho, o rio Paraguai está em 187 centímetros o que representa a média de 7,4% acima do registrado em mesmo período.
Secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, pontua que “a hidrovia é um eixo logístico de peso para o transporte de mercadorias do Estado".
“Estamos falando de terminais portuários e da necessidade que nós temos de todo o sistema da estrutura de barcaças. Isso é fundamental. O que nós observamos nos últimos dois anos foi primeiro a paralisação da hidrovia em função de uma seca histórica”, lembrou.
Mesmo com a leve alta, o número ainda fica abaixo dos últimos cinco anos, sendo maior apenas, que a margem do ano passado, 2021.
O secretário ressalta ainda, os impactos do canal do Tamengo, que faz a ligação entre Corumbá e a Bolívia e também secou. “O Canal está muito baixo e não se recompôs e isso tem prejudicado o acesso das barcaças até a Bolívia seja na entrada ou saída de mercadorias”, acrescentou.
“Nós precisamos que chova muito mais para ter uma recomposição plena dessa régua. O nível hoje é extremamente positivo, mas ainda baixo diante de anos anteriores", disse.
Conforme já noticiado pelo Correio do Estado, entre janeiro e outubro de 2021 foram transportados 1,889 milhão de toneladas de produtos, um volume de US$ 117,493 milhões (ou R$ 647 milhões).
O comércio já foi mais forte antes da pandemia da Covid-19 e queda no nível de rio e seus acessos, em 2018 o transporte já chegou a 3,602 milhões de toneladas, e US$ 282,105 milhões em valor – R$ 1,554 bilhão. (Com informações Jornal Correio do Estado).