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Estiagem faz produtividade soja cair para 53,69 sacas por hectares


Dados mostram que 26% das lavouras estão em estado ruim por conta da falta de chuva
Estiagem faz produtividade cair para 53,69 sacas por hectare nas lavouras de Mato Grosso do Sul. (Foto – Divulgação)

 

A estiagem que vem castigando as lavouras de todo Mato Grosso do Sul terá reflexo direto na produtividade para a safra 2021/2022. De acordo com a Associação dos Produtores de Soja e Milho de MS (Aprosoja/MS) cerca de 26% das plantações já sentiram os efeitos da falta de chuva e se encontram em estado crítico, o que representa mais de 970 mil hectares. 

Dados da Associação ainda dão conta de que a produtividade caia e vá de 56,38 sacas por hectare para 53,69 sacas por hectare. Essa nova estimativa representa uma retração de 14,56% em relação à safra passada, quando foram colhidas 62,84 sacas por hectare.

O presidente da Aprosoja, André Dobashi, explicou que esse problema da seca vem após uma safra complicada.

“Viemos de uma segunda safra de milho bastante conturbada, em que o produtor sentiu bastante no bolso e agora, infelizmente, mais uma notícia negativa. O impacto foi muito grande nas regiões sul, sul-fronteira, sudoeste e sudeste, enquanto a região norte, oeste, centro e nordeste estão em uma situação mais confortável.”

Além dos 26% das lavouras em estado ruim, a Aprosoja identificou que 23% delas estão regulares e 51% em bom estado. A estiagem também fez cair a estimativa de produção, saindo de 12.773 milhões de toneladas para 12.164 milhões, uma redução de 8,58% em relação ao ciclo anterior, quando MS colheu 13.306 milhões de toneladas.

Ainda de acordo com Dobashi, houve pouco replantio nesta safra, devido ao volume considerável de chuvas em setembro e primeiros dias de outubro.

“O produtor estava muito seguro para comercializar nessa época, já fazendo suas travas para garantir os custos de produção. Do total comercializado até o momento, cerca de 36,50%, o maior volume foi feito nesse período de plantio, quando estimávamos uma safra mais positiva”, finaliza. (Com informações Jornal Correio do Estado).

 


Fonte: Jornal Correio do Estado