Atualmente, Mato Grosso do Sul tem 70,7 mil famílias na agricultura familiar, conforme dados da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro).
O setor foi responsável pela comercialização de mais de 1,3 mil toneladas de 138 tipos de produtos.
Com isso, a economia do Estado cresceu, movimentando na agricultura familiar R$ 4,7 milhões, que beneficiaram mais de mil famílias.
Devido a alta demanda de atenção nesse ramo, 476 profissionais foram capacitados para ajudar as famílias.
Além disso, o Governo do Estado tem dado apoio ao setor com a entrega de maquinários, criação das centrais de abastecimento, auxílio na organização de cooperativas e associações, as ações de reforço na assistência técnica e recuperação de estradas municipais.
Ao todo, foram distribuídos 900 tratores e 260 máquinas pesadas.
Com ajuda do Programa de Aquisição de Alimentos, agricultores vendem seus produtos para órgãos públicos, que fazem o repasse às famílias de baixa renda.
Em 2020 foram realizados 35.800 atendimentos pela equipe técnica da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) e distribuídos 950 toneladas de insumos, que auxiliam na produção.
Com a criação da Rota Bioceânica em Mato Grosso do Sul, a agricultura familiar tende a crescer ainda mais.
O projeto de pesquisa e extensão Corredor Bioceânico da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) aponta as possibilidades de diversificar a agricultura familiar em todo o trajeto da Rota.
Segundo o estudo, leite, mel, mandioca e abóbora estão entre os principais produtos da agricultura familiar que poderão movimentar a economia local e melhorar a renda dos pequenos agricultores nas regiões alcançadas pelo corredor.
O mapeamento da agricultura familiar foi realizado pelo pesquisador e professor da UFMS Edgar Aparecido da Costa, com a participação da acadêmica do curso de Geografia da universidade Glenda Rodrigues.
“Olhamos para a agricultura familiar como um grande potencial, como algo a ser otimizado a partir das possibilidades que o Corredor Bioceânico vai proporcionar, mas também olhamos para ela com os cuidados de que a Rota não a faça sucumbir”, afirma o pesquisador. (Com informações Jornal Correio do Estado).