Quarta-Feira, 27 de Novembro de 2024    Responsável: Jota Oliveira    Fone: 67 9988-5920

Brasil derrota o Chile e avança às semifinais da Copa América


Com gol de Lucas Paquetá, no segundo do tempo, time comandado por Tite avançou à próxima fase
Lucas Paquetá comemora gol que classificou a seleção brasileira - (Foto: GLEDSTON TAVARES)

 

O Brasil teve o seu mais duro teste no torneio, sofreu, mas garantiu vaga nas semifinais da Copa América após bater o Chile por 1 a 0, nesta sexta-feira, no Engenhão, no Rio. Agora, o time do técnico Tite encara na segunda-feira, novamente no estádio do Botafogo, o Peru, que eliminou o Paraguai nos pênaltis.

Muito do aperto que a seleção passou se deve a Gabriel Jesus que foi expulso em um lance bobo logo aos três minutos do segundo tempo, logo depois de Lucas Paquetá ter feito um gol. Com um jogador a menos durante praticamente toda a etapa final, o Brasil foi bastante pressionado pelo Chile, que esteve perto do empate e chegou a acertar uma bola na trave.

A outra semifinal será decidida hoje. A Argentina, de Lionel Messi, encara o Equador, em Goiânia. Já o Uruguai enfrenta a Colômbia, no estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Ao contrário dos demais jogos na Copa América, o Brasil enfrentou nesta sexta-feira um adversário que não ficou fechado na defesa. O Chile, ao contrário, começou com o domínio da posse da bola, sem dar espaço, pressionando a saída de bola brasileira.

Assim, os primeiros minutos de jogo foram complicados para o Brasil. O time demorou para encaixar boas jogadas até que Neymar, Firmino e Gabriel Jesus conseguissem segurar a bola no ataque e amenizar a pressão inicial chilena.

Neymar participou das principais jogadas da seleção, mas rendeu abaixo do esperado. O Brasil tinha muita dificuldade para apresentar uma variação de jogadas. Faltava, por exemplo, lances em profundidade ou chutes de fora da área.

A seleção era um time previsível, fácil de ser marcado pela defesa chilena. Os laterais pouco apoiavam, mais preocupados em apenas defender. Não à toa, as chances claras de gol do Brasil demoraram para sair.

Aos 36, Gabriel Jesus tabelou com Firmino e cruza para Neymar, que conseguiu escanteio. Depois, aos 42, Neymar acionou Gabriel Jesus na entrada da área, que bateu com força e virou Bravo desviar para escanteio.

No segundo tempo, o jogo mudou completamente. Lucas Paquetá entrou no intervalo no lugar de Firmino e logo no primeiro minuto abriu o placar após ótima troca de passes com Neymar.

O Brasil, porém, não teve muito tempo para comemorar. Aos três minutos, Gabriel Jesus foi expulso em um lance infantil. O atacante levantou demais a perna, acertou uma “voadora” no rosto de Mena e levou o cartão vermelho merecidamente.

Com um jogador a menos, o Brasil se viu pressionado novamente no jogo, a exemplo do que já havia ocorrido em boa parte do primeiro tempo. A seleção tinha muita dificuldade para sair no contra-ataque. Neymar, várias vezes, acabava fazendo a opção equivocada na hora de concluir a jogada.

Quando tinha de dar o passe, o craque tentava o drible. E, no momento em que o melhor era partir para a jogada individual, ele passava a bola para algum companheiro bem marcado. Nos lances de bola parada, Neymar também estava sem muita inspiração. Muitas das suas cobranças de falta pararam na barreira.

O Chile foi ganhando espaço e tomando conta do jogo, sem que o Brasil conseguisse reagir. Aos 23 minutos, por muito pouco o Chile não empatou. Após aproveitar cruzamento para a área brasileira, Brereton cabeceou no travessão.

Nos minutos finais do jogo, o cansaço abateu os jogadores da seleção brasileira. Faltava força para apostar nos contra-ataques. Neymar era a válvula de escape do time. Quando o Brasil recuperava a bola, logo acionava o seu principal craque. Cabia, então, a Neymar segurar a bola para gastar o tempo ou cavar uma falta.

Tite mexeu na equipe, mas não conseguiu mudar o panorama da partida. Everton Cebolinha entrou no lugar do exausto Richarlison na tentativa de renovar o fôlego do ataque e manter a bola mais no ataque, mas pouco conseguiu fazer durante o tempo em que esteve em campo. Na defesa, Éder Militão reforçou a zaga na vaga do lateral Renan Lodi para segurar as investidas do Chile.

Os minutos finais foram tensos, com faltas duras e muita reclamação dos dois lados. Era claro e evidente o desespero de alguns jogadores da seleção brasileira contando os segundos para que o jogo terminasse logo. Mas, o Brasil se segurou até o apito final e garantiu vaga na semifinal. (Com informações Jornal Correio do Estado).

 


Fonte: Jornal Correio do Estado