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ARTIGO: O olhar por trás da visão (por Rosildo Barcellos)


O dia 26 de maio, que transcorreu essa semana foi dedicado ao Combate Nacional ao Glaucoma. Existem uma série de fatores de risco que favorecem o aparecimento da doença. Existem alguns fatores que contribuem para o desenvolvimento da doença, fique atento a: estar acima dos 40 anos, casos da doença na família, uso prolongado de colírios e outros medicamentos com corticoides, ser afrodescendente. Além disso, outros quadros clínicos podem ter relações diretas com o glaucoma: Diabetes tipo 2: amplia a chance de desenvolver a doença em 35%; e Hipertensão arterial: amplia em 17%.A doença pode se desenvolver durante meses ou anos sem apresentar nenhum sintoma. Os sintomas só aparecem na fase mais avançada, quando a pessoa começa a esbarrar nas coisas, pois está perdendo a visão periférica (vê bem o que está na sua frente, mas não enxerga o que está dos lados).

O glaucoma é diagnosticado quando a pessoa faz exame oftalmológico cuidadoso e o médico mede a pressão intraocular. Às vezes podem ser necessários outros exames, como de fundo de olho e campo visual. O glaucoma é uma doença que  não mostra sintomas veementes. Ela é causada pela dificuldade de drenagem do humor aquoso, um liquido produzido dentro do olho com a função de nutrir as estruturas intraoculares e oculares O glaucoma primário de ângulo aberto, o mais comum nas pessoas, não apresenta sintomas na maioria dos casos. Já o glaucoma de ângulo fechado é um tipo diferente, que ocasiona pressão alta e outros sintomas como: olhos muito vermelhos e dores no olho e na cabeça. Por fim, o glaucoma congênito, que é hereditário, é detectado nos primeiros dias de vida dos bebês e é tratado por meio de uma cirurgia. A adesão ao tratamento do glaucoma tem sido um grande desafio. Os principais fatores relacionados a não adesão ao tratamento do glaucoma são a falta de informação sobre a doença, dificuldades na administração dos medicamentos, o esquecimento, a falta de recursos financeiros.

Acrescente a estes fatores, o uso incorreto do colírio é considerado uma das mais importantes causas da falta de adesão do paciente. Um estudo publicado no Journal of Glaucoma, revelou que 80% dos pacientes com glaucoma, não foram capazes de administrar corretamente o colírio. Alguns deles deixavam o medicamento escorrer pela a face, outros fechavam os olhos após a aplicação e outros até chegaram a encostar o frasco do medicamento no globo ocular. Apenas 8,57% dos pacientes foram capazes de fazer a instilação correta do colírio. O uso incorreto do colírio é responsável por agravar a doença em 65% dos pacientes (45% por descontinuidade do uso de colírio e 20% por interrupção da medicação) que estão em tratamento para glaucoma no Brasil. Portanto, é de extrema importância a manutenção e o reforço destas orientações. E lógico, a Covid – 19 ainda existe e persiste. É importante ressaltar que o cidadão deve manter todas as medidas de biossegurança mesmo após imunizado com as duas doses da vacina. Temos no estado 273.261 casos confirmados pela doença. São 6.382 óbitos calculados desde março de 2020, sendo 32 apenas  nas últimas 24 horas.

 

AUTOR: Rosildo Barcellos - Articulista


Fonte: Rosildo Barcellos - Articulista e professor