O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (Coren), emitiu um alerta para a falta de medicamentos para sedação de pacientes entubados por complicações do coronavírus. A sedação é fundamental para melhor resposta respiratória dos pacientes.
Segundo a publicação, o Conselho tem recebido milhares de relatos da falta do medicamento e tenta agora obter empréstimos ou doações de clínicas.
"Sugerimos que se registre como empréstimo a destinação dos medicamentos para os hospitais, pois é possível fazer um acordo com a instituição de saúde para receber de volta e reabastecer o estoque da clínica”, diz o presidente do Coren, Sebastião Duarte.
O conselho ainda encaminhou um pedido de reabertura do Hospital da Criança e o Hospital Sírio-Libanês, além de habilitação para internação no Hospital São Lucas. “São unidades que podem ajudar a desafogar as outras instituições da capital e atender pacientes do interior do estado, sem esquecer que precisamos de profissionais para trabalharem nelas”, ressaltou o presidente.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES), informou que aguarda a chegada de carregamento de kit intubação que será enviado pelo Ministério da Saúde, para poder distribuir aos municípios. Também realizou compra própria de medicamentos do kit intubação e aguarda a entrega pelas empresas vencedoras da licitação. Além disso conseguiu empréstimo de medicamento de kit intubação com um hospital particular para auxiliar os municípios.
A enfermeira Suzi Strapason, explica por que os medicamentos sedativos são fundamentais para que a intubação do paciente cumpra sua função.
“A sedação tem como objetivo melhorar a sincronia do paciente com a ventilação mecânica, fazendo com que ele responda melhor a ela. Também ajuda no controle da dor, angústia, agitação e consequentemente evita a perda de dispositivos, incluindo a extubação acidental antes do paciente apresentar melhora infecção pulmonar. As chances de sobrevida ficam muito reduzidas e ele pode vir a óbito sem os medicamentos”.
“O Coren acredita que a situação atual estava anunciada, já que diversos especialistas a anteciparam. Agora, pede que gestores busquem organizar melhor as redes de saúde, prevendo de forma estratégica os recursos necessários para enfrentar a pandemia a curto, médio e longo prazo”, descreve a nota.
O Conselho ressalta que segue apoiando medidas restritivas para promover o isolamento social, o uso de máscaras por todos e as campanhas educativas pela higienização frequente das mãos.
Já a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) alegou que por enquanto, as nossas unidades ainda tem estoque para atender a demanda e que esse é um problema não só aqui do Estado, mas como de todo o país. (Com informações Jornal Correio do Estado).