Começa nesta quinta-feira (5) e se estende até o dia 28 de fevereiro de 2021, o período de Piracema em todos os rios que cortam o território de Mato Grosso do Sul, com a proibição de pesca.
Período existe decorrente da reprodução da maioria das espécies de peixes das duas bacias hidrográficas que cortam o estado, a Paraná e Paraguai.
A fim de evitar a pesca predatória, a Polícia Militar Ambiental mantém a operação Ictiofauna, que inicou no feriado de Finados até amanhã (5).
Eles asseguraram que muitos pescadores estariam nos rios além do feriado, e também para conferir e lacrar para transporte o pescado capturado durante a pesca aberta pelos pescadores no feriado, no fim da pescaria, bem como evitar que as pessoas permaneçam nos rios depois de meia noite de hoje, quando haverá o fechamento.
ESTRATÉGIAS
Para a Piracema deste 2020, o efetivo contará com 320 policiais nas 20 subunidades em 20 municípios de MS e, segundo divulgado, a estratégia de fiscalização será a de praxe: continuar monitorando os cardumes e cuidando deles, principalmente nos pontos em que são mais vulneráveis à pesca predatória, que são as cachoeiras e corredeiras.
Ainda segundo nota da PMA, este esquema permite grande economia de recursos e materiais, “pois na Piracema, os peixes estão em grandes cardumes, por isso, não adianta efetuarem-se gastos enormes com combustível e pessoal subindo e descendo rios e perder cardumes por não manter vigilância nesses pontos vulneráveis, que são as cachoeiras e corredeiras.
A Polícia Militar Ambiental tem conseguido ainda, evitar durante a piracema, que pescadores consigam depredar os cardumes nos rios do Estado. As metas estão sendo alcançadas a cada piracema, que é manter o máximo possível os Policiais nos rios, em vigilância dos cardumes, fazendo com que as apreensões de pescado caiam em níveis aceitáveis, que é o objetivo da fiscalização. Ou seja, manter os peixes vivos nos rios para que cumpram sua função natural de reprodução e a manutenção dos estoques.
Além da Polícia Militar Ambiental, participam da ação da Piracema os fiscais do Imasul.
OUTRAS ÉPOCAS
A média de pescado apreendido em anos anteriores tem sido de uma tonelada, com média de 60 pescadores presos, desde que ela foi adotada. Na piracema passada ocorreu a menor quantidade de pescado apreendida, 859 kg, com 55 pessoas presas. Ou seja, cada pescador que descumpriu a lei, foi preso com apenas 15,6 kg de pescado, apesar de alguns terem sido presos com enorme quantidade de redes de pesca, que possuem grande poder de captura.
Vale lembrar também que a pesca a menos de 200 metros a montante e a jusante de cachoeiras e corredeiras é proibida e se trata de crime, mesmo fora do período de defeso (piracema).
USO DE DRONES
A tecnologia de drones que já foi utilizada durante a pesca aberta, também será fundamental durante o período de defeso, especialmente, para acompanhar os cardumes e para evitar pesca com petrechos ilegais em cachoeiras e corredeiras, pontos em que os cardumes ficam muito vulneráveis à pesca predatória. O uso desses aparelhos é importante na fiscalização, em virtude de que muitos pescadores que praticam pesca predatória possuem uma rede de informantes, para avisarem via telefone, quando os Policiais saem para a fiscalização nos rios, o que torna difícil a prisão dos infratores. Os aparelhos permitem que Policiais instalados em um Posto Fixo de cachoeira ou corredeira, possam monitorar outros pontos semelhantes, ou outros trechos no mesmo rio, com efetividade e redução de custo operacional.
Além de tudo, as imagens dos drones podem ser utilizadas para identificação dos elementos, mesmo quando fogem, por características físicas pessoais e até das embarcações utilizadas. Dessa forma, sendo identificados, os pescadores responderão por crime ambiental de pesca predatória. Esses aparelhos já surtiram efeito preventivo de proteção dos cardumes. Como sabem que a PMA está utilizando os aparelhos, alguns pescadores que o avistaram enquanto praticavam pesca predatória fugiram abandonando petrechos ilegais, sem capturar nenhum pescado. (Com informações Jornal Correio do Estado).