A Paróquia Nossa Senhora da Conceição Aparecida de Campo Grande, realizou na tarde desta segunda-feira (12) uma procissão, em forma de carreata, em alusão em comemoração a santa padroeira do Brasil. Devido a pandemia, a tradicional procissão só foi possível ser realizada desta forma devido os riscos de contágio do novo coronavírus (Covid-19).
De acordo com o pároco responsável pelo santuário, Padre Jair Máximo, para os católicos, a mãe de Jesus significa uma ligação com criador.
“Maria para nós, é a mãe que nos acolhe nos momentos mais difíceis. Como a parábola de Bodas de Caná, Jesus ainda não estava pronto, mas vendo o desespero dos pais dos noivos pela falta de bebida em uma festa de casamento, ela pediu a Jesus um milagre, ele a repreendeu, porém depois se compadeceu com aquele povo a pedido dela. Portanto, é isso que ela nos representa”, explicou.
Sentimento compartilhado pelo autônomo, Jader Braga, para ele a santa simboliza a mãe de toda a humanidade, que acolhe e intercede por todos. “Eu participo da procissão há 18 anos, pois desde que comecei a morar em Campo Grande eu e minha esposa participamos da comunidade. Em relação a milagre ou graça, devido a nossa devoção alcançamos todos os dias, pois temos filhos ótimos que estão estudando e trabalhando e não passamos dificuldade. Portanto, tudo o que nós temos é uma grande graça”, explicou.
A carreata será finalizada na paróquia, que fica localizada avenida Tamandaré, 612, na Vila Planalto. Após a procissão, será realizada uma missa. Devido às limitações de pessoas que podem ficar dentro da igreja, quem não conseguir entrar no local, poderá assistir a celebração na parte de fora do santuário por uma transmissão que será ao vivo em um telão.
HISTÓRIA
A data foi determinada como comemorativa em 1954 pelo Papa. No entanto, em 30 de junho de 1980 que o Decreto nº 6.809 foi publicado, no qual general-presidente da República, João Batista Figueiredo, instituiu o feriado nacional, em consagração à Nossa Senhora Aparecida.
A imagem da santa negra foi encontrada em 1717 por três pescadores no Rio Paraíba (SP), chamado à época de Rio Itaguaçu. Eles tentavam há horas, sem sucesso, fisgar algum peixe. Ao içarem a imagem de uma santa degolada e, em seguida, a cabeça, as redes encheram-se de peixes. Os pescadores consideram o feito um milagre da santa resgatada.
Ao limparem a escultura, perceberam que a imagem era de Nossa Senhora da Conceição, mas estava com cor escura devido ao contato com a lama do fundo do rio. Então, passaram a chamá-la de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Começava assim a história de devoção àquela que viria a ser consagrada padroeira do Brasil, e que faz alusão à Maria, mãe de Deus. (Com informações Jornal Correio do Estado).