Mesmo em meio as dificuldades causadas pela pandemia da Covid-19, o número de doadores de órgãos e tecidos em Mato Grosso do Sul este ano foram superiores aos do ano passado.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde só em 2020, já foram 98 transplantes, três deles foram do coração, 79 de córnea e 16 de rim. Em 2019 foram 27 doadores, 69 órgãos captados e 94 de córneas transplantadas.
Apesar do avanço, centenas de pessoas aguardam a cirurgia no Estado. São quatro pessoas a espera de um coração, 165 de córnea e 158 de rim.
“Esse trabalho nos motiva a avançarmos na captação de órgãos. Nossas equipes estão preparadas para atender não só pacientes do Estado, mas também de todo o Brasil. Queremos avançar para, no futuro, também termos transplante de fígado aqui, que exige mais complexidade e estrutura”, destaca o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende.
Pela legislação brasileira, a doação de órgãos só pode ser feita após a autorização familiar. A vontade do doador só tem possibilidade de prevalecer ao dos familiares ser estiver expressamente registrada e haja decisão judicial nesse sentido.
A informação e o diálogo entre a família são importantes neste processo, já que a modalidade de consentimento é a que mais se adapta à realidade brasileira.
“Um dos principais elos dessa corrente de solidariedade é a família do doador, que escolhe fazer a doação em um momento de dor e perda”, aponta a coordenadora da Central Estadual de Transplantes de Mato Grosso do Sul, Claire Miozzo.
Ela ainda destaca o apoio da Casa Militar para viabilizar as cirurgias e transporte de órgãos, “uma vez um fígado retirado aqui em Mato Grosso do Sul foi para o Acre. Os militares passaram uma noite toda viajando para salvar uma vida”. (Com informações Jornal Correio do Estado).