Welligton Santussi, gerente de saúde em Naviraí, registra BO contra Fake News. (FOTO: Jota Oliveira)
Por volta das 14 horas desta quarta-feira (22), o gerente de Saúde do município de Naviraí, Welligton Santussi, acompanhado da diretora do Hospital Municipal, Érica Cristina Máximo, esteve na Rádio Karandá FM e foi entrevistado pelo comunicador Eduardo Mendes. A entrevista teve por finalidade esclarecer e mostrar a verdade sobre notícias mentirosas e indecentes que circularam todo o dia de terça-feira nas redes sociais como Fake News.
Ao responder a primeira pergunta do repórter, Welligton afirmou que a foto colocada na falsa notícia de uma mãe segurando um feto morto, é um absurdo. “É uma imagem grotesca, não aconteceu no nosso hospital e quem prestar bem atenção na foto, verá que estão sob uma cama que possui controle remoto atrás e nós não temos esse tipo de móvel aqui. O Fake News é tão desconexo que fala que as mães estavam esperando seus filhos nascer porque estavam com os bebês mortos na barriga e aí coloca uma foto de outra mãe que já estava com o bebê no colo. Isso é uma agressão à sociedade esse tipo de imagem circulando”, disse ele.
Welligton disse também que imagem desse tipo fomenta uma inverdade, mesmo porque, “nesses dois casos específicos de mães, uma delas quando teve a notícia, ela por vontade própria optou por sair e procurar outro serviço porque tinha plano de saúde. A outra mãe que estava com uma gravidez de dez semanas, só para uma comparação, uma gravidez assim o feto é mais ou menos do tamanho de uma caixa de fósforos. Ela chegou ao hospital e, sequer, sabia de sua gravidez. Ela estava tendo hemorragias e após os exames foi constatada sua gravidez. Tomou as devidas medicações e posteriormente fez uma curetagem que é o procedimento correto nestas circunstâncias”, explicou Welligton.
O gerente de Saúde foi enfático em dizer que em nenhum momento dos dois casos foi citado a falta de anestesista lá para fazer os procedimentos. O andamento do hospital está seguindo normalmente, disse o gerente acrescentando que “tivemos nos últimos dias sete nascimentos sem maiores ocorrências e ontem nasceram mais crianças. O atendimento no nosso hospital é o de sempre e a população já conhece. Sempre bem atendidos e nossos médicos são grandes profissionais e não expõe o paciente a nenhum risco desnecessário. Tudo corre normalmente porque nossa equipe é fantástica, os médicos vestiram a camisa e estão abraçando com vontade um melhor atendimento e estão conseguindo dar prosseguimento nesses procedimentos”.
OUTRAS EXPLICAÇÕES
Ao dar explicações sobre o fato, Welligton disse que “o feto não pode ser entregue à uma mãe nessa condição da foto. Esse não é o procedimento pós-curetagem, já que o próprio procedimento em si já é traumático. A questão é a seguinte, quando um cidadão como esse faz um desfavor para a sociedade, fomentar esse tipo de atitude leviana nas redes sociais ele cria um transtorno para toda a população que se sente insegura, um transtorno para todos os trabalhadores e a gente às vezes precisa parar com o que está fazendo para atender pessoas sobre o caso”, salientou o gerente.
Em sua entrevista Welligton também citou que foi ameaçado de morte por telefone na secretaria de saúde e que a pessoa disse a ele que se morresse alguém lá iria tocar fogo no hospital, na gerência de saúde e em sua casa. “Esse tipo de atitude está passando dos limites. As pessoas têm os seus motivos políticos. A gente está em ano político e talvez ele tenha pretensão, mas é possível fazer política com seriedade como a do governo do Dr. Izauri Macedo durante esses anos, sem agredir ninguém, fazendo tudo correto, de forma correta, porque é possível sim, fazer política com decência, com honestidade. A gente não vai permitir, de forma alguma, esses tipos de ataques e inverdades nas redes sociais”, concluiu ele.
DELEGACIA DE POLÍCIA
Saindo da emissora de rádio o gerente de Saúde foi até a Delegacia de Polícia Civil do 1º Distrito Policial em Naviraí onde registrou no Boletim de Ocorrência os fatos ocorridos, tanto do Fake News como também da ameaça de morte recebida.
Agora o procedimento feito na Delegacia deverá ser encaminhado para o Ministério Público Estadual para que ele tome ciência e possa dar andamento no caso, conforme exige a lei vigente. (Texto: Jota Oliveira – Naviraí Notícias).
