A primavera chega na madrugada desta segunda-feira (22) ao Hemisfério Sul, às 4h50min, e só vai embora para dar lugar ao verão, às 1h19min do dia 22 de dezembro. Marcada pelo florescer das árvores, a estação que sucede o inverno vem para mudar o regime de chuvas e elevar as temperaturas. Em Mato Grosso do Sul, a previsão é de que estas mudanças sejam mais intensas que o normal.
Segundo prognóstico elaborado pelo Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul), baseado em informações do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), o modelo de previsão climática de precipitação aponta para alta possibilidade de as chuvas ocorrerem acima do padrão em grande parte do Estado.
A probabilidade pode ser atribuída à passagem de sistemas frontais (compostos geralmente por uma frente fria, uma frente quente e um ciclone) e formação de sistemas de baixa pressão atmosférica - muitas nuvens, chuvas e tempo severo.
Conforme dados do Cptec/Inpe (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), os valores históricos de chuva acumulada para Campo Grande durante a primavera são de 81,1 mm em setembro, 130 mm em outubro e 110 mm em novembro.
Ainda de acordo com prognóstico do Cemtec, o modelo de previsão de temperatura média indica alta probabilidade de que as temperaturas fiquem mais elevadas que o normal em grande parte de Mato Grosso do Sul, com termômetros até 1°C acima da média. A exceção deve ser a região nordeste do Estado, onde a previsão é de temperaturas dentro do normal.
O boletim do Cemtec resume que essas condições significam que Mato Grosso do Sul pode ter dias com temperaturas bastante altas e outros com registros mais baixos ou dentro da média. Os valores muito elevados podem ser explicados pela forte radiação solar e maior frequência de dias com céu claro.
Os valores históricos de temperatura do Cptec/Inpe em Campo Grande durante a primavera dão conta de 27,5°C em setembro, 30,6°C em outubro e 30,4°C durante novembro.
Centro-Oeste – Segundo o Inmet, a região Centro-Oeste apresentou chuvas de normal a abaixo do normal durante este inverno, resultados alinhados à sua característica climatológica de baixa ou nenhuma pluviosidade. Municípios de Mato Grosso e Goiás registraram mais de 100 dias consecutivos sem chuva a partir de maio deste ano.
Por causa da permanência de massas de ar seco e quente, que favoreceram a ocorrência de queimadas e incêndios florestais, estas mesmas áreas da região detectaram temperaturas médias acima do padrão.
A umidade relativa do ar chegou a ficar abaixo de 20% nos horários com temperaturas mais elevadas entre junho e setembro, caso do Distrito Federal, onde estação meteorológica do Inmet no Gama registrou 8% de umidade no último dia 4. (Com informações Campo Grande News).