A atual onda de calor que atingiu o país e o início do ano letivo e das atividades em clubes esportivos em todo o Brasil, tornou ainda mais importante a realização de exames cardiológicos preventivos para crianças e jovens que praticam esportes.
O IMPACTO NAS CRIANÇAS
A Dra. Alessandra Geisler, especialista em cardiologia do esporte, pediatria e nutrição infantil, adverte que aproximadamente 30 mil crianças nascem anualmente com problemas cardíacos, muitas das quais necessitarão de cirurgia antes de completarem um ano de idade.
“É um risco iniciar qualquer prática esportiva sem a realização de exames prévios, ainda mais com essa onda de calor pela qual estamos passando no início de 2025. O calor aumenta a possibilidade de exaustão e de desidratação, podendo acarretar problemas cardíacos sérios. O risco de infarto em adultos aumenta quando as temperaturas passam de 32ºC, o que está sendo bem comum neste Verão”, explicou a Dra. Alessandra.
PARA OS PRATICANTES DE ESPORTES
Segundo ela, existe recomendação das associações médicas relacionadas ao esporte de que todo atleta deve passar por uma avaliação completa antes de iniciar qualquer atividade física.
A Dra. Alessandra, por sua vez, alerta que toda criança a partir de 5 anos, mesmo sem queixas cardiológicas, faça uma consulta com especialista porque o diagnóstico de cardiopatias silenciosas é fundamental para um tratamento eficaz.
O acompanhamento deve incluir exames periódicos, monitoramento de peso e mensuração do desenvolvimento e crescimento da criança. Sintomas como batedeira no peito, falta de ar e cansaço excessivo durante a prática de esportes podem indicar problemas cardíacos.
“Diagnóstico de cardiopatia congênita pode ser feito até dentro do útero, com ultrassonografia fetal, entre 24 e 28 semanas. No caso das cardiopatias muito graves, podemos conseguir detectar ainda na gestação, visando um planejamento do momento do parto para que haja o menor risco possível. É raro, mas pode acontecer de, muitas vezes, um adulto durante exames de rotina acabar achando um buraco no coração que nem sabia que tinha porque nunca tinha sentido nada antes, conta a Dra. Alessandra. (Com informações Jornal Correio do Estado).