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Naviraí e mais 8 cidades destacam geração de emprego em MS


Celulose, biocombustíveis, mineração e carne aumentam presença da indústria e devem movimentar 90 bilhões
Indústria de processamento da carne é o setor que mais emprega no ramo industrial em Mato Grosso do Sul (Foto: Semadesc/ Arquivo)

 

 

Mato Grosso do Sul prevê investimentos de R$ 90 bilhões na indústria até 2030, gerando 11 mil empregos em nove cidades. Os setores de mineração, celulose, carne e combustíveis lideram os investimentos, impulsionando o crescimento do PIB industrial, que deve alcançar R$ 247,5 bilhões em 2027. A indústria de transformação é a principal força motriz da economia estadual, empregando 160.900 pessoas (24% dos empregos), com a indústria de processamento de carne sendo a maior empregadora do setor. A expansão industrial visa agregar valor a produtos agrícolas como soja, milho e carne, impulsionando as exportações para 150 países.

Nove cidades de Mato Grosso do Sul concentrarão investimentos da ordem de R$ 90 bilhões na indústria até 2030, confirmando a tendência do Estado em ampliar a presença do setor na economia e geração de empregos, com previsão de 11 mil vagas nestes municípios.

São empreendimentos em ampliação ou instalação em setores de mineração, celulose, carne e combustíveis, apontados em balanço divulgado esta manhã (20) pela Fiems (Federação da Indústria de Mato Grosso do Sul). O Estado tem a indústria de transformação liderando no crescimento no Brasil.

As cidades são da região leste, onde é marcante a expansão das florestas de eucalipto e fábricas de celulose (quatro já instaladas, uma em obras e outra confirmada), nas cidades de Inocência e Água Clara, para o total de investimentos anunciados; Corumbá com destaque na mineração (ferro e manganês); Rio Brilhante, Naviraí, Dourados, Bataguassu e Mundo Novo com biocombustíveis e processamento de carnes; e Três Lagoas, com a expectativa da retomada da fábrica de fertilizantes pela Petrobrás, a UFNIII. Fábrica para processar amendoim e aviários com alta tecnologia constam entre os empreendimentos.

Os números da indústria e seu impacto na economia foram apresentados pela federação em um balanço em uma entrevista coletiva por técnicos da Fiems, o presidente da entidade, Sérgio Longen, com a presença do governador Eduardo Riedel (PSDB) e dos titulares da Semadesc (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, e Governo, Rodrigo Perez.

A ampliação da indústria é uma aposta do governo para agregar valor aos produtos in natura, como soja, milho e carnes, determinantes no balanço das exportações. A celulose chegou a desbancar a soja no topo da balança comercial. O PIB (Produto Interno Bruto) do setor tem crescido ano a ano, com R$ 166,4 bilhões em 2022, 8,3% a mais em 2023, chegando a R$ 197,1 bilhões neste ano (+ 9,3%) e projeções de aumento de 8,5%, 7,9% e 7,3% nos próximos três anos, com previsão de R$ 247,5 bilhões em 2027.

Os produtos industrializados no Estado chegam a 150 países, ficando MS em nona posição entre os estados nas exportações. O total de empresas ativas é de 7,9 mil.

Orçamento da Capital – Com a segunda maior presença na geração de empregos, atrás de serviços (39%), a indústria emprega 24%, somando 160,9 mil pessoas. Na sequência estão o comércio (155,8 mil pessoas) e o agro - com 14% (98,6 mil pessoas).

É uma massa salarial que recebe R$ 6,4 bilhões ao ano, valor próximo ao orçamento anual de Campo Grande, comparou o economista da Fiems, Ezequiel Resende, ao divulgar os dados esta manhã. Esse valor é 8% superior ao pago em salários no ano passado.

Com 160,5 mil pessoas no setor, a projeção é que ano que vem a indústria tenha incremento de quase cinco mil vagas.

Campeões de empregos – O setor da indústria que mais emprega no Estado é o frigorífico, com 38 mil pessoas em aproximadamente 130 empresas, seguido pela indústria da construção civil, 31 mil pessoas. Em açúcar e combustíveis são 22 mil nas usinas: depois fábricas dos setores metal e mecânica, alimentos e bebidas; depois vem a celulose, com a inclusão somente de quem atua nas fábricas, sem considerar o trabalho no cultivo do eucalipto. No caso da cana, se contassem o trabalho na fábrica e na lavoura, o número de empregados chega a 30 mil, no caso da celulose, se considerada a atuação no plantio de eucalipto, o número chegaria a 22 mil pessoas. Os dados são referentes ao mês de outubro. (Com informações Caribel News).

 


Fonte: Caribel News