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Jornada Iniciação à Pesquisa da Embrapa completou 13 anos em 2024


A Jipe, como é conhecida, é uma realização da Embrapa Agropecuária Oeste e contou com a apresentação de resultados de trabalhos de 12 acadêmicos

 A Jornada de Iniciação à Pesquisa da Embrapa Agropecuária Oeste (Jipe) completou treze anos em 2024 e aconteceu nos dias 31 de outubro e 1º de novembro por meio virtual, utilizando a ferramenta Google Meet. O evento é realizado pela Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS). O objetivo é criar um ambiente próprio à interação e troca de experiências, quando estagiários e bolsistas (acadêmicos) apresentam resultados de pesquisa desenvolvidos por eles dentro da empresa, orientados por pesquisadores e analistas.

Dos trinta acadêmicos que fazem estágio no Centro de Pesquisa atualmente, doze apresentaram seus resultados de trabalho na Jipe, sendo nove acadêmicos com bolsa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) – veja a programação dos nomes dos autores e dos temas na página da Jipe: https://bit.ly/4f7BdV0.

Os trabalhos e apresentações foram avaliados pelos pesquisadores da Embrapa Agropecuária Oeste, Eulalia Soler Sobreira Hoogerheide e Luis Antonio Kioshi Aoki Inoue, no dia 31; e no dia 1º, pelos pesquisadores, do mesmo Centro de Pesquisa, Adriana Marlene Moreno Pires e Walder Antonio Gomes de Albuquerque Nunes e também pelo professor Henrique da Silva Silveira Duarte, do Programa de Pós-Graduação em Agronomia, da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Após a avaliação, os trabalhos serão publicados no Portal da Embrapa Agropecuária Oeste, na página de Publicações.

A abertura foi realizada pelo pesquisador Harley Nonanto de Oliveira, chefe-geral da Embrapa Agropecuária Oeste. “Esta edição torna-se especial porque vocês fazem parte e foi feita para vocês que estão conosco durante parte da sua jornada rumo à sua melhor formação acadêmica, para que possam chegar ao mercado com mais uma etapa agregada”, disse. Ele parabenizou também os orientadores que contribuíram com seus conhecimentos para agregar o currículo dos acadêmicos, além de agradecer às instituições de ensino pela parceria nas ações de estágios e bolsas da Embrapa Agropecuária Oeste.

 

COMISSÃO ORGANIZADORA

A edição deste ano está sendo organizada desde agosto por uma Comissão de empregados da Embrapa Agropecuária Oeste. Neste ano, a Comissão é composta por Alexandre Dinnys Roese (analista) e presidente; Marciana Retore (pesquisadora), que é a coordenadora científica; Érika Maldonado Berloffa dos Santos (técnico), que é a coordenadora da Comissão de Comunicação e Logística; e os membros desta Comissão são: Edmilson Alves de Souza (analista); Eliete do Nascimento Ferreira (assistente); Estela Hashinokuti (analista); e Sandra Otto Capilé Gnutrzamm (técnico).

 

MÉTODO EXPERIMENTAL

Em todas as edições da Jipe, é realizada uma palestra de abertura. Neste ano, o tema foi “Importância do método experimental na obtenção de resultados”, ministrada pelo pesquisador Fernando Mendes Lamas, da Embrapa Agropecuária Oeste. “Toda pesquisa é conduzida para atender uma demanda ou gerar um novo conhecimento. Precisamos prestar atenção nisso para não gerarmos artigos científicos com equívocos”, alertou.

O primeiro passo é a formulação de uma hipótese que, para ser bem enunciada, necessita de uma revisão de literatura criteriosa. “Não pode ser uma mera transcrição de resultados e sem nexo. Deve ser feita de forma crítica. A ordem da revisão deve ser do geral para o específico. O grande objetivo da revisão é ter conhecimento do que se sabe e o que não se sabe sobre o tema que está sendo estudado”, explicou.

A definição clara dos objetivos (geral e específicos) foi outro fator essencial apontado pelo pesquisador. “Para atender a esses objetivos, é fundamental a definição das variáveis de forma criteriosa (o que vai contribuir para explicar o resultado a que se chegará com a pesquisa). É muito comum ver trabalhos em que pesquisador, professor e estudante analisam muitas variáveis que não contribuem para explicar os resultados, além de fazerem correlações sem sentido biológico ou agronômico”, pontuou Lamas.

Outros pontos levantados pelo palestrante foram que nem todos os trabalhos de pesquisa precisam apresentar estatística experimental, já que esta é uma ferramenta, e não um objetivo em si, e que a metodologia da pesquisa deve ser descrita de forma que seja possível a repetição do trabalho por outros autores.

Ao se chegar aos resultados do trabalho de pesquisa, esses devem ser analisados e discutidos sem as preocupações de ter ou não ocorrido efeito significativo ou se são ou não diferentes dos obtidos por outros autores. “Eu devo ter preocupação em interpretar e discutir os resultados, e as discussões devem ser apoiadas na revisão bibliográfica”, afirmou Lamas. As conclusões do trabalho devem ser diretas, com principais resultados e implicações mensuradas.

Lamas resumiu o método científico da seguinte forma: observação, seguida da análise de problemas que devem ser resolvidos, formulação da hipótese, condução de experimentos para testar as hipóteses, obtenção dos resultados, análise dos resultados, interpretação dos resultados e conclusão. “Dessa forma, aquele trabalho de pesquisa deve abrir caminho para novos conhecimentos e contribuir com o desenvolvimento da ciência e da sociedade”, finalizou o pesquisador. (Texto: Sílvia Zoche – Ascom Embrapa Agropecuária Oeste).

 


Fonte: Silvia Zoche Borges - Embrapa Agropecuária Oeste