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Cinco desembargadores TJMS são afastados e terão que usar tornozeleira


Eles são suspeitos de envolvimento em um esquema de venda de sentenças e lavagem de dinheiro. Dois ex-desembargadores também são alvo da operação

 

Em uma operação sem precedentes na história de Mato Grosso do Sul, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) afastou cinco desembargadores, um juiz e um conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul..

Todos estão sendo alvos de uma investigação da Polícia Federal que se arrasta há três anos e a principal suspeita é de que façam parte de um esquema de venda de sentenças e lavagem de dinheiro.

De acordo com notícia exclusiva do Correio do Estado, além dos magistrados da ativa, a investigação também mira dois ex-desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do sul.

Por determinação do STJ, todos terão de utilizar tornozeleiras eletrônicas e estão proibidos de entrar no prédio do Tribunal, do fórum e do Ministério Público Estadual nos quais trabalhavam.

O STJ mandou a Polícia Federal e a Receita Federal a cumprirem  44 mandados de buscas contra eles, outros servidores públicos, 9 advogados, além de empresários suspeitos de se beneficiarem dos esquemas de venda de sentenças. As ordens são cumpridas em Campo Grande, Brasília, São Paulo e Cuiabá.

Os 5 magistrados da alta cúpula do Judiciário terão que usar tornozeleira eletrônica e estão proibidos de acessarem as dependências dos órgãos públicos e de se comunicarem com outras pessoas investigadas.

Segundo as investigações, entre os crimes cometidos pelo grupo estão lavagem de dinheiro, extorsão, falsificação e organização criminosa.

A operação foi batizada de “Ultima Ratio”, uma referência ao fato de a Justiça ser o último recurso do Poder Público para parar a criminalidade.

O Correio do Estado entrou em contato com o Tribunal de Justiça e com o Ministério Público em busca de mais informações, mas até a publicação desta reportagem não havia obtido retorno.

Conforme as informações iniciais, foram afastados os desembargadores Marcos Brito; Vladimir Abreu; Sérgio Martins (presidente do TJ), Sideni Pimentel; e Alexandre Aguiar Bastos.

 

NOTA DA PF

Em nota, a Polícia Federal informa que a operação tem o “objetivo de investigar possíveis crimes de corrupção em vendas de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul”.

“A ação teve o apoio da Receita Federal e é um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, deflagrada em 2021, na qual foram apreendidos materiais com indícios da prática dos referidos crimes”, informou a nota da PF.

Em decorrência da Operação Mineração de Ouro, três conselheiros do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul estão afastados de suas funções desde o dia 8 de dezembro de 2022. (Com informações Panorama do MS).

 

 

 


Fonte: Panorama do MS