O Projeto Sigo-MS (Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio) divulgou nesta terça-feira (24) os dados referentes à colheita de milho de segunda safra para o ciclo 2023-24 em Mato Grosso do Sul, revelando uma queda alarmante de 40,5% na produção em comparação ao ciclo anterior. Este ano, a produção totalizou 8,457 milhões de toneladas, em contraste com as 14,220 milhões de toneladas do ano passado.
De acordo com uma nota técnica da Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul), a principal causa da redução na produção foi a seca severa que afetou as lavouras em várias fases de desenvolvimento das plantas. Como resultado, a segunda safra de milho deste ciclo apresentou uma média ponderada de apenas 67,05 sacas por hectare, cultivadas em 2,102 milhões de hectares. Este desempenho é significativamente inferior ao do ciclo 2022-23, que alcançou uma média de 100,64 sacas por hectare em uma área plantada de 2,355 milhões de hectares, representando a melhor média de produtividade registrada no estado nos últimos 10 anos.
As médias de produtividade por região também refletiram esse cenário negativo. A região norte obteve uma média de 110,64 sacas por hectare, representando cerca de 10,6% da área monitorada pelo projeto. A região central, que compreende aproximadamente 20,9% da área acompanhada, registrou uma média de 67,3 sacas por hectare. Já a região sul, que abrange cerca de 68,5% da área cultivada monitorada, teve uma média de apenas 60,22 sacas por hectare.
O clima desempenhou um papel decisivo na queda da produtividade das lavouras, com a seca afetando mais de 800 mil hectares no estado. Consequentemente, Mato Grosso do Sul registrou a terceira pior produtividade dos últimos 10 anos. (Com informações Portal do Conesul).