A estação das flores, mas também de muito calor em Mato Grosso do Sul, começa daqui a três dias. Exatamente às 8h44 deste domingo (22) será primavera no Estado, segundo o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima no Estado).
Ela costuma ser o período mais quente do ano em Mato Grosso do Sul, também segundo o Cemtec. Dessa vez, não deve ser diferente: o prognóstico para a primavera 2024 é de temperaturas acima do normal ou até muito acima do normal.
Os termômetros podem registrar marcas recordes, acima de 44ºC, diz outro prognóstico divulgado pelo meteorologista Natálio Abrão. Isso pode ocorrer especialmente nos municípios da parte leste, como Aparecida do Taboado, Costa Rica, Três Lagoas e Paranaíba, por exemplo.
Chuva - Elas devem ficar dentro ou próximas à média no Estado. O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) prevê que a quebra de períodos de estiagem que o Estado enfrenta, ocorra entre a metade de outubro e o início de novembro, em algumas regiões.
O acumulado de chuvas na estação varia entre 400 a 500 milímetros em Mato Grosso do Sul, podendo ser mais intenso ao sul, sudeste e nordeste, com até 600 milímetros, de acordo com o centro estadual.
A previsão é positiva com relação à seca no Estado. Ela está entre as mais intensas registradas no País, este ano. No Pantanal, é a pior dos últimos 70 anos, de acordo com o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais). Poderá, ainda, contribuir para frear incêndios florestais.
Porém, pode haver tempestades na região Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, diz o Inmet, com a ocorrência do fenômeno chamado Zona de Convergência do Atlântico Sul. Quanto à isso, Natálio Abrão alerta para possibilidades de enchentes em novembro, em Mato Grosso do Sul.
A primavera se encerra em 21 de dezembro, quando começa o verão.
La Ñina - Ela tem 81% de probabilidade de ocorrer entre outubro e novembro, aponta o Cemtec.
"Este é um fenômeno oceânico-atmosférico de resfriamento das águas do oceano Pacífico, e por consequência, gera mudanças nos padrões de circulação atmosférica que impactam no regime das chuvas. Além disso, a atuação da La Niña durante o trimestre pode favorecer a incursão mais frequente de massas de ar frio. Vale destacar que não é apenas esta forçante climática que determina as condições gerais do clima", explica o órgão.
Se a previsão se confirmar, Natálio alerta. "Com a La Niña se configurando e seguindo até o começo do outono de 2025, as chances de chuvas mais regulares serão mínimas. O Estado pode continuar com fortes deficiências de chuvas no primeiro semestre do ano que vem". (Com informações Campo Grande News).