A Justiça de Mato Grosso do Sul negou o pedido de liberdade provisória do presidente afastado da Federação de Futebol do Estado, Francisco Cezário de Oliveira, de 77 anos, e dos outros seis presos durante a Operação "Cartão Vermelho", em Campo Grande, Dourados e Três Lagoas. O pedido foi negado no último dia 29, mas só foi divulgado nesta sexta-feira (31).
Na última terça-feira (28), o Cezário não compareceu para prestar depoimento à sede do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco). De acordo com o advogado de defesa, André Borges, foi apresentada ao Gaeco uma petição, na qual, resguarda o direito constitucional do silêncio. Diante disso, ele vai aguardar a denúncia do Ministério Público para prestar esclarecimentos à Justiça. "A defesa está tomando as providências para garantir a liberdade ele".
"Nesta primeira fase, ele vai usar o direito de ficar em silêncio. Pois, ele vai se defender e combater a acusação pelo fato de que o Cezário afirma que quando conseguir a liberdade vai conseguir provar e explicar, justificar tudo aquilo apresentado até o momento. Até o momento, temos apenas uma investigação e desta forma, é preciso que seja apresentada uma denúncia para a partir disso combater a acusação", ressaltou Borges. Indagado se o cliente nega ou não o desvio de dinheiro, ele afirmou que até o momento ele relatou que não praticou nenhum crime. "Todas as provas serão apresentadas na Justiça. Inclusive, o dinheiro apreendido é fruto da economia dele e tudo será explicado no exato momento".
Já os demais investigados, chegaram a ir ao Gaeco, porém, apenas os dois sobrinhos de Cezário prestaram depoimento alegando que apenas eram prestadores de serviço. Diante disso, Cezário e outros seis alvos da ação são investigados de terem desviados mais de R$ 6 milhões da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da Federação. Diante disso, o presidente interino que atual no momento é o Estevão Petrallas. (Com informações Dourados Agora).