Diante da crise que se instalou na FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) desde a prisão de integrantes da diretoria, no dia 21 de maio, durante Operação Cartão Vermelho do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), em Campo Grande, segue a incerteza sobre quem assumirá o comando dos clubes do Estado.
Ao Campo Grande News, o atual vice-presidente da FFMS, Alfredo Zamlutti, contou que conforme o estatuto é ele quem está no cargo, apesar de haver outros vice-presidentes por “status”.
“Pelo estatuto seria eu. O tribunal [da federação] fez uma coisa que está errada. O tribunal não tem poder sobre o presidente. Eles solicitaram que CBF [Confederação Brasileira de Futebol] indique um interventor. Eu não sei até que ponto juridicamente isso funciona. A CBF não pode interferir a menos que a Justiça peça”, disse.
Caso seja nomeado presidente interino, Alfredo afirmou que criaria uma equipe com pessoas da confiança dele para que seja feita uma contabilidade total das contas da federação, e nomearia um novo tribunal para uma nova eleição. “Esse é o caminho jurídico que os meus advogados acham que deve ser seguido”, ressaltou.
Presidente no passado – Entre os anos de 1982 a 1988, Zamlutti ficou à frente da FFMS e, segundo ele, muita coisa mudou de lá para cá. “As coisas mudaram muito. Hoje temos um problema sério que é o Morenão. Nós não temos um estádio pra disputar um campeonato de série A. Nem série B”, destacou.
Como vice-presidente, ele afirma que tentou um acordo entre a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), responsável pelo estádio, e o Governo de MS para que o Estado assumisse o controle do espaço.
“Uma adequação hoje custaria de R$ 15 a R$ 20 milhões pra transformar numa arena utilizável. Isso estava andando, eu estava cuidando disso, mas entraram outras pessoas e por questão de vaidade, eu me afastei e o assunto não foi para frente”, pontuou.
Para Alfredo, o futebol de Mato Grosso do Sul tem tudo para conseguir se reerguer no país, mas para isso, será necessário recomeçar do zero. “Primeiro começar pelo Morenão, a credibilidade da Federação e aí começa o trabalho”.
Quanto à possibilidade de voltar à presidência da FFMS, Zamlutti diz que se for esse o seu destino, está pronto para assumi-lo. “Se for uma missão eu faço, arrumo e entrego. Se é para ajudar eu estou pronto. Mas quem vai decidir isso é a justiça”, finalizou. (Com informações site Campo Grande News).