Aberta sob o anúncio bombástico de que iria investigar denúncias de graves irregularidades na gestão da prefeita Vanda Camilo (PP), a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Câmara Municipal de Sidrolândia tornou-se um fiasco.
Sem provas capazes de sustentar as suspeitas levantadas, ficando somente no discurso genérico e sem consistência, a Comissão revela-se como manobra oposicionista para causar prejuízos morais e políticos à gestora e abrir caminhos a adversários de olho nas eleições de 2024. Ao instaurar a CPI, seus autores comprometeram-se a levar ao conhecimento da Casa as provas que justificariam a iniciativa.
Até mesmo vereadores da base governista manifestaram interesse em tomar conhecimento sobre quais provas seriam estas. Até porque, o que os oposicionistas tinham eram apenas as matérias dos órgãos de imprensa, baseadas, em operações policiais realizadas para apurar a existência de eventuais fraudes e outros desvios em processos licitatórios da administração municipal.
No entanto, ao contrário do que foi prometido, os autores não levaram qualquer prova ou evidência concreta que justificasse a abertura de uma investigação pela Câmara. Além disto, a prefeita Vanda Camilo não consta como investigada em qualquer inquérito policial, o que, por si só, já demonstra o caráter politiqueiro da CPI e o uso indecoroso de um expediente legítimo dos mandatos, calçado pelo Regime Interno.
Quando uma CPI desta envergadura é solicitada e descobre-se que a sua motivação está ancorada apenas no viés político ou eleitoral, fere-se o Regimento Interno e o Legislativo é enfraquecido e desrespeitado. (Com informações MS Notícias).