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Morre a cantora Rita Lee, ícone da Música Popular Brasileira


A artista tinha 75 anos de idade e sofria de um câncer no pulmão desde 2021

A cantora Rita Lee, um dos grandes nomes da MPB, morreu na noite de segunda-feira 8, em sua casa, São Paulo. Ela sofria de um câncer no pulmão. Tinha 75 anos e foi diagnosticada com a doença em 2021.

O corpo da cantora será velado no Planetário do Parque do Ibirapuera, também na capital paulista, a partir desta quarta-feira, 10, das 10h às 17h. O velório será aberto ao público. O corpo dela será cremado — o que era um desejo dela.

Rita Lee deixa o marido, Roberto Carvalho, e três filhos: Beto Lee, Antônio e João.

Em uma de suas últimas postagens no Instagram, a cantora publicou uma imagem das unhas pintadas durante o carnaval. “Em clima de folia”, escreveu na legenda.

Rita Lee foi um dos maiores ícones da música popular brasileira. Nasceu no bairro de Vila Mariana, em São Paulo, no último dia de 1947. Ao lado de Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, fundou em 1966 a banda psicodélica Os Mutantes, que revolucionou o rock nacional. No ano seguinte a banda acompanhou Gilberto Gil no III Festival de Música Popular Brasileira da (TV Record) na apresentação da canção “Domingo no parque”. Passou a ser aceita pela elite da MPB e foi convidada a participar do disco Tropicália.

Depois dos Mutantes, Rita iniciou um período solo. Mas uma de suas fases mais lembradas foi quando participou da banda Tutti-Frutti, com a qual lançou dois álbuns clássicos da história do rock brasileiro: Atrás do Porto tem uma Cidade (1974) e Fruto Proibido (1975).

A terceira fase da sua carreira começou em 1976, quando se casou com o também músico Roberto de Carvalho, com quem produziu e gravou seus maiores sucessos, como Lança Perfume, Baila Comigo, Ovelha Negra, Mania de Você, Flagra e Doce Vampiro. Em 2000 ainda teve a carreira renovada com uma fase ligada à bossa nova, em um de seus discos só com versões de músicas dos Beatles.

Em 2016 lançou Rita Lee: uma Autobiografia. O livro é tão sincero e tão honesto nas suas revelações que foi considerado, em tom de piada a “primeira autobiografia não autorizada”.  Nele, Rita conta os detalhes de sua carreira e seu envolvimento com a causa dos direitos animais. E revela ressentimentos, especialmente com seus antigos companheiros dos Mutantes.

Sua vida pode ser resumida poeticamente neste trecho de “Ovelha Negra”:

“Levava uma vida sossegada

Gostava de sombra e água fresca

Meu Deus quanto tempo eu passei

Sem saber

Foi quando meu pai me disse filha

Você é a ovelha negra da família

Agora é hora de você assumir

E sumir“. (Fonte: Revista Oeste – Com informações Panorama do MS).

 


Fonte: Panorama do MS