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Petrobras anuncia novo aumento de combustíveis e revolta o país


Petrobras reajusta em 12% o preço da gasolina nas refinarias a partir desta quinta-feira. (Foto: Divulgação)

 

A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (17) reajustes de 5,2% no preço da gasolina e de 14,2% no preço do diesel. Os novos valores passam a vigorar a partir deste sábado (18).

A empresa informou que o preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro. O último ajuste ocorreu em 11 de março, há 99 dias.

 

DA REDAÇÃO PANORAMA DO MS

Para o diesel, o reajuste ocorre 39 dias depois do aumento anterior. O preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro. O último ajuste ocorreu no dia 10 de maio. O preço do gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, não sofreu reajuste.

É revoltante o posicionamento, postura e decisões tomadas pela Petrobras e sua diretoria. Independente da instabilidade causada pela guerra entre a Rússia e Ucrânia (região é a 3ª maior exportadora de petróleo do mundo), o Brasil continua sendo um dos grandes extrativistas de petróleo.

O aumento anunciado agora é absolutamente absurdo e exclusivamente mercantilista. Nada tem a ver com a empresa que faz mídia na tevê se apresentando como referência em ações sociais.

Mais uma vez, o que vemos é uma Petrobras, sorrateira, “desumana” que aumenta preços e se torna responsável na desestabilização de toda a economia de uma Nação. É nesta hora que o STF deveria mostrar a cara, agir, em prol do povo e justificar sua existência, já que a todo o momento “mete o nariz” onde não é de sua alçada. O AUMENTO É ABUSIVO, INACEITÁVEL, MALDOSO E TENDENCIOSO.

 

JUSTIFICATIVA DA PETROBRAS

Em nota para divulgar os aumentos, a Petrobras afirmou que tem buscado o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem repasse imediato para os preços internos da volatilidade das cotações internacionais e da taxa de câmbio.

“Esse posicionamento permitiu à Petrobras manter preços de GLP estáveis por até 152 dias; de diesel por até 84 dias; e de gasolina por até 99 dias. Esta prática não é comum a outros fornecedores que atuam no mercado brasileiro que ajustam seus preços com maior frequência, tampouco as maiores empresas internacionais que ajustam seus preços até diariamente”.

 

REPERCUSSÃO

Já pelo Twitter, o presidente Jair Bolsonaro fez duras críticas à Petrobras pelo novo reajuste.

“O Governo Federal como acionista é contra qualquer reajuste nos combustíveis, não só pelo exagerado lucro da Petrobras em plena crise mundial, bem como pelo interesse público previsto na Lei das Estatais”, postou o presidente.

Em seguida, ele citou a possibilidade de uma greve de caminhoneiros, em decorrência do preço dos combustíveis.

“A Petrobras pode mergulhar o Brasil num caos. Seu presidente, diretores e conselheiros bem sabem do que aconteceu com a greve dos caminhoneiros em 2018, e as consequências nefastas para a economia do Brasil e a vida do nosso povo”.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, também criticou o reajuste anunciado nesta sexta-feira e pediu a renúncia imediata do presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho.

“O presidente da Petrobras tem que renunciar imediatamente”, tuitou Lira. “Ele só representa a si mesmo e o que faz deixará um legado de destruição para a empresa, para o país e para o povo. Saia!!!”.

Na última quarta-feira (15), a Câmara dos Deputados concluiu a votação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/2022, que limita a aplicação de alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, fixando-a no patamar máximo de 17% a 18%, abaixo dos valores atuais aplicados pelos estados.

A medida tem o objetivo de reduzir o preço dos combustíveis para o consumidor, mas os aumentos da Petrobras podem anular os efeitos dessa desoneração. O texto aguarda sanção presidencial para entrar em vigor. (Com informações Panorama do MS).

 


Fonte: Panorama do MS