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PMA iniciou curso de taxidermia para policiais de sete estados em MS


Policiais militares ambientais de sete estados fazem um curso de taxidermia em MS na Fazenda Green Farm, em Itaquiraí. (FOTO: PMA)

 

A Polícia Militar Ambiental iniciou nesta quinta-feira (25) com parte das aulas teóricas e hoje (26) as aulas práticas, o VIII curso de taxidermia (empalhar) de animais silvestres e Educação Ambiental. Pela manha de quinta-feira, passaram em uma madeireira na cidade de Caarapó, para aprenderem a confeccionar a palha que é utilizada nos animais taxidermizados.

À tarde de ontem, os Policiais conheceram os trabalhos que a Fazenda Green Farm CO2 Free, onde ocorre o curso, executa na área de conservação ambiental, como os viveiros de mudas nativas para recuperação de áreas degradadas, o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres da fazenda, o criadouro conservacionista de pacas, apoio a pesquisa com reprodução de antas, os cuidados com animais que são encaminhados à fazenda, por não poderem mais se readaptarem a vida na natureza, bem como os projetos de neutralização voluntária de carbono e o sistema agro-florestal (SAF). Em seguida aconteceram aulas teóricas sobre as questões ambientais e Educação Ambiental.

À noite houve a solenidade de abertura, com participação de autoridades, como o Comandante de Policiamento da Área 1  (CPA -1), com sede em Dourados, Coronel Givaldo Mendes de Oliveira e do Comandante do 12º Batalhão de Polícia Militar de Naviraí, Tenente Coronel Everson Antônio Rozeni, bem como o Comandante do Grupamento de Polícia Militar Ambiental de Naviraí, Tenente Ismael Frais Júnior.

Hoje se iniciaram as aulas práticas de confecção dos animais (taxidermia). Serão confeccionados animais como: onças, jaguatiricas, anta, cervo-do-pantanal, tatus, cotias, gambás, capivaras, quatis, jacarés, raposas, primatas e várias espécies de aves e peixes.

Neste ano, participam 22 Policiais Militares Ambientais do Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo, Paraíba, Alagoas, Goiás, Mato Grosso do Sul e do Distrito Federal. Alguns problemas relativos a voos de uma companhia área impediram à participação de inscritos de mais cinco estados.

Os policiais calculam que até o final do curso, no dia 5 de maio, serão confeccionados cerca de 50 animais, que serão utilizados em Educação Ambiental realizada em escolas pelos Policiais e pelas crianças e adolescentes do Projeto Florestinha.

 

O CURSO

O Curso de Taxidermia surgiu em razão de diversas solicitações das Polícias Militares Ambientais de outros Estados, que conheciam a forma de uso dos animais silvestres taxidermizados nos trabalhos de Educação Ambiental da Polícia Militar Ambiental de Mato Grosso do Sul e queriam aplicá-la nas suas corporações.

O curso visa a preparar os policiais para aproveitamento de animais atropelados, produtos de caça e tráfico, ou que morrem nos Centros de Reabilitação de Animais Silvestres, fazendo taxidermia e os utilizando em oficinas de educação ambiental, em especial em escolas públicas e privadas, para discutir os problemas relacionados à fauna, tais como: atropelamentos, caça, tráfico, criação em cativeiro e explanando sobre a cadeia alimentar e a importância da fauna para o equilíbrio ambiental.

Objetiva principalmente à troca de experiências entre as polícias militares ambientais sobre os tipos de trabalhos de Educação Ambiental que cada Unidade está executando, com a finalidade de qualificar e melhorar este trabalho tão fundamental para a minimização dos crimes e infrações ambientais, bem como a troca de experiências relativas às outras atividades inerentes à fiscalização, convênios, tecnologias e estruturas utilizadas, entre outros.

A ideia deste tipo de trabalho de taxidermia é montar museus itinerantes de educação ambiental para ter atrativos às crianças e adolescentes no sentido de se discutir as razões que levaram àqueles animais a estarem mortos e não na natureza cumprindo seu papel ecológico. Trata-se de uma forma bastante didática, que tem fundamentado e tornado os trabalhos na área de Educação da Polícia Militar Ambiental extremamente requisitados, até porque, o museu de fauna itinerante é somente uma das oficinas utilizadas nos trabalhos. Também há outras oficinas, com discussões de outros temas, como: oficina de reciclagem (em que se discute a questão dos resíduos sólidos), do ciclo da água (discutem-se recursos hídricos), a casinha da energia (discutem-se sobre os tipos de produção de energias e seus impactos, bem como energias as renováveis e limpas), plantio de mudas nativas (discutem-se sobre desmatamento, assoreamento, importância da flora etc.).

Além disso, é apresentado o teatro de fantoches, com peças discutindo esses, e vários outros temas ambientais. A PMA trabalha atualmente em média 20 mil alunos por ano em escolas da Capital e interior e o Núcleo de Educação Ambiental da Capital trabalhou mais 229.080 alunos no Estado entre 1999 a 2015, quando os Policiais treinaram equipes do Projeto Florestinha para executar os trabalhos no mesmo modelo. Em 2011, o NEAM recebeu o prêmio Ecologia e Ambientalismo da Câmara Municipal de Campo Grande.

O Projeto Florestinha da Capital que assumiu as funções de Educação Ambiental do BPMA, desde o ano de 2009 já executava educação ambiental com algumas oficinas e, atualmente, executa todas e atendeu 146.883 alunos até o ano de 2018.

O Curso terá duração de 140 horas e faz parte da grade de cursos da Polícia Militar e, por isso, pode ser oferecido para Policiais de outros Estados.

LOCAL - O Curso ocorre desde o ano de 2014, na fazenda Green Farm CO2 Free, em Itaquiraí, a 70 km da cidade de Naviraí, próxima à divisa com o estado do Paraná. É ministrado pelos Policiais Militares Ambientais (taxidermistas) SGT PM RR Vilson, SGT PM Celso, além do Coordenar Tenente Coronel Ednilson Paulino Queiroz (Doutor em Ecologia). (Com informações Ascom PMA/MS).

 


Fonte: Ascom PMA/MS