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Falta de chuva já forçou replantio de 41 mil hectares de soja em MS


Beneficiada por chuvas desde o fim de semana, região norte do Estado estava sendo a mais afetada pelo calor e estiagem, conforme dados da Aprosoja

 

Por causa das ondas de calor e da irregularidade das chuvas, principalmente nas regiões sudoeste, central e norte do Estado, agricultores já foram obrigados a replantar pelo menos 41,2 mil hectares de soja, conforme dados divulgados nesta terça-feira (21) pela Aprosoja (Associação Brasileira dos Produtores de Soja).

Isso significa menos de 1% dos e 4,265 milhões de hectares que devem se plantados neste ano, mas é um dado relevante se for levado em consideração que nos anos anteriores os boletins da Aprosoja nem mesmo citavam o item replantio, já que as condições climáticas eram favoráveis nesta época do ano.

A maior parte do replantio ocorreu na região centro, com aproximadamente 25,1 mil hectares. Na sequência aparecem as regiões norte (7.682 hectares), nordeste (5.878 hectares) e sul (2.539 hectares).

Ainda de acordo com a entidade, na última semana foram plantados mais 290 mil hectares e o volume total chega a 3,616 milhões de hectares, chegando a 84,8% do previsto. No ano passado, nesta mesma época do ano, as sementes já haviam sido lançadas em 96,6% das lavouras.

Ou seja, por causa da falta de chuvas, o percentual plantado está 11,8 pontos percentuais abaixo daquilo que fora divulgado no boletim de 22 de novembro do ano passado.  Mesmo assim, a publicação diz que ainda existem condições para que as lavouras tenham produtividade plena, estimada em 54 sacas por hectare. Mas isso se houver regularidade de chuvas.

A situação está mais crítica na região norte. Até no fim da semana passada, a área plantada havia chegado a 77,3%, sendo que no ano passado o plantio já havia sido feito em 95% das lavouras de municípios como Chapadão do Sul, Costa Rica, São Gabriel, Pedro Gomes, Coxim e outros.

A boa notícia é que boa parte destes municípios foi contemplada com chuva “generosa” no último fim de semana e nesta terça-feira (21). Costa Rica, por exemplo, registrou 65 milímetros ontem (21), conforme o Inmet. Em Chapadão do Sul o volume foi menor, em torno de 12 milímetros. Nos dias 18 e 19, cidades como Pedro Gomes, Coxim, Bandeirantes, Rio Verde de Mato Grosso e São Gabriel do Oeste registraram entre 44 e 54 milímetros.

Embora a área urbana de Campo Grande não registre chuva significativa desde o feriadão de 7 de Setembro, quando foram em torno de 50 milímetros, o boletim da Aprosoja informa que cerca de 98% das lavouras foram plantadas no município.

E, apesar do calor e da irregularidade das chuvas, apenas 0,1% das lavouras da região central do Estado estão em condições consideradas ruins e 1,3% em situação regular. O restante, conforme os técnicos da Aprosoja, está em condições boas, embora seja perceptível até para leigos que o desenvolvimento das plantações está muito aquém daquilo que seria o normal para essa época do ano. Além disso, ainda muita área que não foi plantada no entorno da área urbana da Capital.

Mesmo afirmando que a produtividade da soja ainda não sofreu abalos, o boletim da Associação lembra que “esse atraso pode ter várias implicações, incluindo a possibilidade de impactar a janela de plantio do milho de 2ª safra. Embora o atraso no plantio da soja possa ter um impacto, ainda há potencial para uma safra de milho bem-sucedida”, diz a publicação da Aprosoja

“Vale lembrar que, historicamente, o plantio se encerra na primeira semana de dezembro. Para minimizar o impacto negativo desse atraso no plantio, os produtores deverão estar atentos ao monitoramento das condições climáticas e realizar ajustes nas estratégias. Esses detalhes ajustados minimizam o impacto negativo desse atraso”, orienta o boletim semanal da instituição.

A estimativa é de que a área plantada seja 6,5% maior que no ciclo passado, atingindo a chegando a 4,265 milhões de hectares. Até agora, de acordo com a Aprosoja, foram plantados 3,6 milhões de hectares. A expectativa é de que a produção seja de 13,818 milhões de toneladas.

Esse cálculo é feito com base na produtividade dos últimos cinco anos. No ano passado, porém, essa estimativa foi superada e a produção passou de 15 milhões de toneladas. (Com informações Campo Grande News).

 

 

 

 

 


Fonte: Campo Grande News